domingo, 7 de fevereiro de 2010

O amor de cada dia!

Como é bom viver um relacionamento sem regras. Não vou dizer sem compromisso, senão as mulheres irão me matar, mas digo sem cobranças. O que acaba com qualquer relação é a obrigação. Você tem que me ligar quando chegar em casa, onde você estava até agora? Quem é aquela que deixou recado no seu Orkut? Por que você não me atendeu quando te liguei? São frases que deixam qualquer um maluco.
Sabe aquela história da ligação que você não espera e ela acontece? Uma surpresa? Isso funciona de verdade. O mais gostoso é deixar as coisas fluírem no seu tempo, se apaixonar devagarzinho, mas infelizmente, nós mulheres não temos paciência para isso. Conhecemos um homem lindo, inteligente, simpático hoje, já queremos namorar amanhã e casar depois de amanhã. O que conseguimos com isso é espantar esse homem lindo que poderia sim ser um futuro namorado.
Os homens querem ser conquistados, mas não impostos a isso. É uma sensação muito gostosa ouvi-los dizer, senti saudades de você, mas naturalmente, não temos que lembrá-lo disso. O que acaba com muitos namoros e até mesmo casamentos é essa necessidade de ser paparicado e amado o tempo inteiro. Aí me pergunto, será que nós também amamos e paparicamos? Gostaríamos se fossemos cobradas?
Todas nós queremos ser felizes e encontrar nossos príncipes, apesar de toda independência da mulher, ela precisa de alguém para compartilhar, para amar, para fazer rir, para se aconchegar, para preparar o jantar. Só que precisamos ser menos ansiosas, não perguntar se ele vai ligar no dia seguinte, não ficar atualizando e-mail, esperando notícias. Tudo na vida tem seu tempo e isso não é papo de livro de auto-ajuda, é experiência.
Erros, frustrações, lágrimas, promessas e brigas fazem parte de uma vida a dois, só precisamos aprender a lidar com isso. Se ele é o homem da sua vida, ele vai querer um compromisso, mas há de se concordar que ele precisa conhecer o campo que ele está pisando e nós também. Afinal, convidar alguém para fazer parte do seu mundo é uma atitude que precisa ser tomada com cautela.
O meu conselho? Viver o amor em doses homeopáticas, provar dele aos pouquinhos, sentir o outro como gostaríamos de ser sentidas, sem crises. Ter a certeza se aquilo realmente é o que se deseja para que ambos não entrem em uma furada e o que poderia vir a durar anos, termine em um mês.

Fabíola Blaiso