terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Para Seu Zé

Tenho muita certeza de que Seu Zé está muito bem e muitas vezes, tenho a nítida sensação de que ele ainda anda aprontando das suas por aqui. Seu Zé foi a pessoa mais incrível que conheci, de coração gigante e de uma integridade sem tamanho. Gosto de senti-lo por perto e tenho certeza que ele continua me entendendo do mesmo jeito que era antes.

Como disse Cazuza uma vez, “morrer não dói” e ao ouvir Renato Russo cantando Love in the Afternoon, sou obrigada a discordar do primeiro poeta e dizer que dói muito para quem fica. E Seu Zé acabou indo embora cedo demais. E parafraseando Renato, o que sinto não sei dizer. Pode parecer uma necessidade ou até mesmo um sentimento egoísta, mas não aprendi a perder. Seu Zé esqueceu de me ensinar essa lição, acho que ele pulou esse capítulo.

A saudade veio me fazer uma visita e trazer todas as lembranças de uma vida cheia de intensidade. Tardes e noites de momentos que jamais poderão ser vividos outra vez. E como é engraçado, Seu Zé não me disse adeus. Será que ainda ficou algo para dizer? Não tento entender os mistérios que existem entre o céu e a terra, muito menos questionar porque a hora de arrumar as malas chega mais cedo para alguns.

Seu Zé sempre me ensinou a ser forte e valente e já que por aqui ele não está mais, nunca me esqueço das palavras firmes dele “Seja feliz”. E aí as lágrimas se misturam com sorrisos de lembrar que ele não se foi totalmente. Um pedacinho ficou e nunca, jamais será posto em qualquer lugar e quero dizer para Seu Zé que segui a cartilha, aprendi direitinho e estou sendo feliz.

Seu Zé, conseguimos, vencemos. O seu lugar está aqui para sempre, não será substituído. Nas adversidades, não desisti, fui em frente e hoje sou uma mulher plena e realizada. Viu, segui os seus conselhos sábios e peço para que continue por aqui, mesmo que não nos falemos, mas sei que está por perto cuidando e olhando por mim.

Fabíola Blaiso